Maragogi está fincada no coração da Costa dos Corais, no meio do caminho entre Maceió e Recife. Um paraíso que chama a atenção pelo mar cristalino, areias finas e coqueirais, além de ser incrementada ainda pelas enormes piscinas naturais, repletas de peixes e acessíveis por catamarãs e lanchas que partem da praia central. Certamente foi um dos destinos mais bonitos que já visitamos e que conta com uma infraestrutura necessária para manter a autonomia dos turistas com deficiência e/ou mobilidade reduzida.
Como chegar
Tendo em vista a localização de Maragogi, é possível escolher desembarcar no aeroporto de Maceió que fica a 130 km do nosso destino ou no do Recife. Chegando pela capital de Pernambuco, a distância é de aproximadamente 140Km. Independentemente de onde seja a sua chegada, de lá, você precisa escolher um meio de transporte terrestre para chegar a Maragogi.
Nós optamos por chegar em Recife e contratamos um transfer pela empresa Maragotur que custou R$ 390,00. Eles não contam com carros especiais para o deslocamento, então nossa viagem foi em um carro de passeio que conseguiu acomodar bem a minha cadeira de rodas no porta-malas.
Outra opção é a empresa de ônibus rodoviário Real Alagoas que realiza viagens de Maceió a Recife pelo litoral. Considerando que Maragogi fica praticamente no meio do percurso, a duração da viagem fica em torno de 2:30h, a partir da capital alagoana. Os ônibus saem da rodoviária da cidade.
Mais uma opção é alugar um carro. O bacana desta possibilidade é fazer esse percurso pelo litoral, tendo a liberdade de parar em algumas lindas praias que estarão no caminho. Caso deseje chegar mais rápido, é possível fazer uma rota mais distante do litoral, entre as rodovias AL-101 e AL-105.
Como se locomover
A mesma empresa que fez o nosso transfer, foi contratada para os passeios que realizamos enquanto estávamos em Maragogi. Assim, o nosso contrato contou com transporte de ida e volta por todos os dias durante a nossa estadia, saindo e retornando ao hotel.
Também é possível usar o transporte público ou chamar um táxi para ir de um ponto ao outro. Avaliamos que a contratação do serviço tornou o passeio mais confortável e nos liberou da preocupação sobre como se deslocar em cada etapa da viagem.
Quando ir
Se você está planejando uma viagem para este pedacinho de Brasil, duas dicas valiosas que você deve considerar ao fazer o seu planejamento: sol e maré. Esses são dois fatores fundamentais que irão influenciar diretamente sua experiência nesse destino. Por isso, consulte os dados do tempo e as informações da tábua de marés. Chegamos em uma segunda-feira e retornaríamos na sexta-feira e nosso passeio para o mergulho estava agendado para o último dia. Ao longo da semana, o dono da agência verificou que não seria possível fazermos o passeio no começo da manhã de sexta, então, como eu jamais poderia perder essa oportunidade, resolvemos sair às 4h horas da manhã do hotel para iniciarmos o passeio às 5h, pontualmente. Ou seja, a visita às piscinas naturais de Maragogi vai depender do quão baixa a maré vai estar.
Como a maioria dos destinos paradisíacos, a melhor época para visitar Maragogi é durante o verão, que é quando as águas ficam mais cristalinas. Mas, se não for possível aproveitar esse período, é importante ficar atento, sobretudo entre os meses de abril e julho pois é o período de maior incidência de chuva na região.
Viajamos em meados de novembro e os dias foram lindos e ensolarados.
Onde ficar
Caso você deseje ficar no centro de Maragogi, próximo a praia central, vai encontrar muitas opções de hospedagem. Também existem algumas opções às margens da rodovia.
Mas nós decidimos ficar um pouco mais afastados do centro, na Pousada Praia Encontro das Águas. Uma pousada que é um verdadeiro recanto para descansar, desfrutar e renovar as energias.


O que comer
O restaurante da nossa pousada além de ser bastante aconchegante, tem uma variedade de opções no cardápio para o jantar, fizemos a nossa refeição ali mesmo. Mas, no centro de Maragogi, na beira da praia, existem opções de restaurantes. É só ir até lá e escolher!
A gastronomia é outro ponto forte da região, com simples e bons restaurantes especializados em frutos do mar espalhados pelas praias e vilas. O famoso biscotinho de goma, uma espécie de sequilho à base de manteiga e leite de coco, vendido em bares e lojinhas, é uma iguaria que você deve experimentar! Ele é produzido no povoado de São Bento, a quatro quilômetros de Maragogi. E nós fomos na casa onde acontece a produção e conhecemos as grandes mulheres responsáveis por este deleite gastronômico.
O que fazer
O maior objetivo da viagem era fazer o mergulho nas piscinas de Maragogi. Desde o primeiro contato com a agência, avisei que sou cadeirante e solicitei que verificassem se haveria suporte suficiente para que eu fizesse o passeio. Depois da aventura para chegar em Barra Grande, nosso primeiro destino compartilhado no blog, vocês já devem saber que eu não desanimo fácil, ainda mais quando conto com pessoas disponíveis para desafiar o “impossível”.
Chegamos na praia central para pegar a lancha por volta das 5h da manhã, já que deveríamos estar de volta à praia antes das 6:30h, por causa da maré. Fui carregada da areia até uma certa altura do mar, onde a lancha nos esperava. Fizemos o trajeto contemplando aquele lindo nascer do sol e quando chegamos às piscinas, eu estava pura adrenalina. Precisei sair da lancha sozinha porque o mergulhador que me acompanharia já estava na água para me ajudar. Ou seja, quem possui uma mobilidade mais reduzida, poderia ter um pouco mais de dificuldade neste momento.
Começamos alinhando a comunicação que utilizaríamos debaixo do mar e treinando a respiração com o uso do cilindro. Engoli muita água na primeira tentativa. E na segunda, também. E também na terceira. Foi quando eu comecei a pensar em desistir. Mas, o mergulhador da Maragogi Dive Sub foi mais que paciente, foi um anjo. Então, tentamos mais uma vez. Foi quando deu certo!! \o/ oba!!!
E quando começamos o mergulho, já vimos lindos peixinhos (que comeram na minha mão, literalmente!!) e eu tive uma experiência singular de conexão, liberdade e estar entregue exclusivamente àquele momento. Sem dúvidas, foi o ponto alto da viagem.

E engana-se quem pensa que os atrativos de Maragogi se resumem aos aquários naturais. Os cenários, tanto ao Norte quanto ao Sul, são encantadores e praticamente desertos. Assim, outro passeio que fizemos foi às praias do norte, passeando de buggy por um dia inteiro. (Como assim, cadeirante anda de buggy?? Sim!! Anda!!). Fomos para Peroba, Dourado, Ponta de Mangue, Xaréu, Antunes, Barra Grande, Burgalhau, Maragogi, Camacho, São Bento, Japaratinga, Mirante e Alto do Cruzeiro (AL). Todas lindíssimas e praticamente desertas. Mas, foi a praia de Xaréu que conquistou nossos corações e onde paramos para tomar um maravilhoso banho de mar.



Nosso último passeio teve um destino que fechou com chave de ouro a viagem para o paraíso alagoano: o mirante de Maragogi. É mais uma oportunidade de contemplar a beleza única deste lugar e vendo do alto.

E a nossa última, e não menos importante, dica é: não faça um bate e volta para Maragogi. Se você tiver a oportunidade de passar pelo menos dois 2 dias inteiros por lá, o Destinos Acessíveis recomenda!
Oi Amanda! Sugeriu alugar um carro para conhecer as praias. Sabe se há possibilidade de alugar um carro adaptado com acelerador e freio manuais no Recife? Pretendo conhecer Porto de Galinhas em abril.
Obrigado!
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Renato, esse é um anseio meu sempre que faço uma viagem! Fico com muita vontade de dirigir durante as viagens, mas todas as vezes que tentei, as locadoras não possuíam carros adaptados! Neste caso, o aluguel sempre é feito para que o outro viajante dirija! Confesso que durante a viagem para Maragogi não tentei essa possibilidade! Forte abraço!!
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Obrigado pela resposta Amanda! Mas parece que ainda somos invisíveis para as locadoras… 😒
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Verdade, Renato! Infelizmente as locadoras ainda não conseguiram ter uma visão estratégica para este público que não para de crescer!
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