Em uma das discussões mais ricas que eu já participei sobre autoestima, meu Mestre Kau Mascarenhas me apresentou uma definição que julguei extremamente interessante: certeza com origem interna de que se é apropriado à vida. E será que a PNL pode ajudar a melhorar a autoestima e manter uma autoimagem saudável?
Certamente a Programação Neurolinguística fornece ferramentas relevantes para o autoconhecimento e para a transformação das nossas crenças limitantes. Além disso, as pressuposições da PNL podem ser aplicadas ao processo de criação de uma elevada autoestima.
Um dos elementos da autoestima é a autoapreciação, que se refere à apreciação de nossa importância e de nossa dignidade. Para refletir sobre esse aspecto, duas pressuposições da PNL são úteis: Nós já temos todos os recursos de que precisamos e não existe fracasso, existem apenas resultados. Mas, o que frequentemente nós fazemos é pôr uma lupa de aumento naquilo que aparentemente não deu certo. Quem nunca ouviu falar sobre a Síndrome do Impostor? Aquela síndrome que faz com que nós nos sintamos inadequados ou incompetentes e receamos que alguém descubra a nossa incompetência. Conforme as pressuposições da PNL, tudo se resume em descobrir a maneira certa de alcançar o que queremos atingir, afinal não há fracasso e nós já possuímos recursos internos que precisamos para alcançar o que definimos como sucesso. Para isso, há dois recursos internos importantes: a nossa capacidade de aprender e a nossa capacidade de adaptação. Esses dois fatores ajudam-nos a lidar com as mudanças que não podemos controlar.
Mais do que isso, pessoas que possuem autoestima elevada assumem a responsabilidade por suas vidas e pelas situações que enfrentam, ao invés de se tornarem vítimas das circunstâncias. Assim, outro princípio da PNL que se aplica aqui é o de que, se aquilo que estamos fazendo não está funcionando, devemos fazer algo diferente. Quando alguma coisa não funciona em nossa sociedade, nós geralmente tentamos corrigir a situação fazendo mais da mesma coisa, fazendo-o mais depressa ou com maior aplicação. Quando na verdade, o que precisamos é fazer algo diferente.
A capacidade de agir com responsabilidade em relação aos outros também é um elemento da autoestima, sobretudo porque nos distancia do egocentrismo. Uma autoestima elevada nos possibilita tratar as outras pessoas com respeito e dignidade, anulando uma possível necessidade de colocar os outros para baixo a fim de nos sentirmos importantes. A pressuposição relacionada a esse fator é de que existe uma intenção positiva atrás do nosso comportamento. Isso não significa que o resultado desse comportamento seja, necessariamente, positivo, mas que a nossa intenção alcance algo que consideramos como benefício positivo.
É interessante e possível trazer o poder das pressuposições da PNL para a construção e elevação da nossa autoestima, pois elas são capazes de nos fortalecer, principalmente quando entramos em contato com as nossas sombras, apreciando quem mesmos, assumindo a responsabilidade sobre nossas vidas e agindo com responsabilidade em relação aos outros.
Nos encontramos por essa estrada.