Planejando um roteiro acessível para a romântica e histórica Petrópolis

Petrópolis é um daqueles destinos que você se apaixona à primeira vista e que vai embora com desejo de voltar outras vezes. Está longe de proporcionar um turismo completamente acessível, mas o clima agradável da cidade e os passeios que carregam a história do Brasil valerão o esforço.

A cidade foi fundada graças ao desejo de Dom Pedro II e da realeza de trocar as altas temperaturas da cidade do Rio de Janeiro pelo clima ameno da serra, para passar os meses de verão. Assim, muitos dos palácios que foram construídos durante esse período estão conservados até hoje e podem ser visitados, o que fortalece a atmosfera imperial da cidade. Além disso, desfrutar das deslumbrantes paisagens montanhosas é um excelente motivador para quem busca sossego e um toque de requinte.

Como chegar

Saindo de carro da cidade do Rio de Janeiro, siga pela BR-040, estrada que é duplicada até o início da serra. A partir dali, as pistas se bifurcam e são mais 20 km até Petrópolis, por onde é possível curtir uma paisagem maravilhosa e revigorante.

Onde ficar

Todas as vezes que fomos à Petrópolis, ficamos hospedados no Atelier Molinaro Boutique Hotel. Além de ser um hotel charmosíssimo, é um lugar ideal para quem busca repousar e ter contato com a natureza. Assim como a grande maioria das pousadas, o Atelier fica um pouco distante do centro, entretanto é uma excelente opção para casais com e sem crianças. Infelizmente não é um hotel acessível, mas se você estiver acompanhado (a) e disposto (a) a driblar os batentes e alguns degraus da construção, não irá se arrepender. Somado a isso, conta com uma equipe de funcionários extremamente atenciosa e prestativa.

Na região central, predominam as acomodações mais simples, com diárias mais baratas e próximas das principais atrações históricas e museus.

O que fazer

As atrações já começam mesmo antes de chegar à cidade, sendo a “Casa do Alemão” uma parada obrigatória para quem gosta de chocolates e guloseimas semelhantes. A entrada para Petrópolis estará logo em seguida e já será possível avistar o exuberante Palácio Quitandinha, que foi o maior cassino dos anos 40. A entrada do Palácio, assim como seu interior, não é completamente acessível, mas é possível visitar a maior parte do seus espaços sem grandes dificuldades, além de curtir seu amplo jardim.

Outro programa obrigatório é o Palácio Cristal, que é um lugar excelente para fazer fotos. A construção conta com rampas para garantir a acessibilidade local. Sua estrutura pré-moldada em ferro fundido foi encomendada a uma fundição francesa pelo Conde D’Eu. Foi inaugurado em 1884 com a finalidade de abrigar as já tradicionais exposições de produtos hortícolas e pássaros da região. Conta a História que no Palácio, em abril de 1888, foram libertados os últimos escravos de Petrópolis, em uma bela festa com a presença da Princesa Isabel.

Vamos almoçar e continuamos fazendo turismo: então, a Cervejaria Bohemia, onde funcionava a antiga fábrica de 1853, é o point ideal. Lá é possível fazer o tour cervejeiro, onde toda a experiência é acessível para pessoas com mobilidade reduzida. Caso seja preciso, há cadeira de rodas disponível gratuitamente.

Reserve algumas horas para o Museu Imperial, residência da nobreza nos verões do século 19. Com um tour completamente acessível, você vai fazer uma viagem por parte da história do Brasil e da Família Real brasileira.

Muitas atrações na cidade abrem após às 10h, então, mesmo com as ruas de pedras, é possível andar pelas calçadas pela Avenida Koeller e Rua da Imperatriz para admirar os palácios. Entre ambas as vias, é possível avistar a gótica Catedral de São Pedro de Alcântara, a qual exibe o Mausoléu Imperial, com os restos mortais de Dom Pedro II.

Se tiver um pouco mais de tempo, outros programas são a Casa de Santos Dumont, Casa da Ipiranga e o Palácio Rio Negro que não tivemos a oportunidade de conhecer.

Outra dica importante é reservar um espaço na mala para as compras em lojas, galerias de arte e produtores orgânicos, principalmente para experienciar o universo gourmet da cidade.

Quando ir

Os fins de semana são sempre indicados e concorridos, principalmente no inverno, quando as chuvas são raras e o frio é intenso.

Em junho e julho acontecem as tradicionais Bauernfest, também conhecida como Festa do Colono Alemão, e o Festival de Inverno.

Já em dezembro, podemos nos encantar com o Natal Luz, época onde a cidade fica ainda mais bela com suas luzes natalinas e acontecem diversos eventos para celebrar essa época do ano. Apesar de ser uma festa bonita, Petrópolis tem sérios problemas no quesito trânsito, que são intensificados quando há um fluxo grande de pessoas na cidade, o que demanda planejamento para sair com uma certa antecendência antes dos horários dos eventos e muita paciência para circular.

Mesmo com todos esses pontos de melhorias no quesito acessibilidade, Petrópolis está dentre as cidades que eu pretendo voltar. E em breve!

Publicado por por Amanda Brito

Administradora e Especialista em Gestão Empresarial e em Educação, atua há mais de dez anos conduzindo processos de Gestão Estratégica de Pessoas, Gestão de Carreira e Desenvolvimento Humano, além de já ter coordenado grupos de trabalho sobre Equidade em ambientes corporativos. Apaixonada por transformação de pessoas, possui formação em Coaching Executivo e Life Coaching, em curso credenciado pelo ICF, e em Practitioner em PNL. Também ministra palestras e tem experiência facilitando processos em Grupos. Baiana radicada no Rio, e viajante nas horas vagas, seus pés não sabem andar nem ficar quietos.

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