O avanço da neurociência, muito além de trazer soluções para prevenir ou curar doenças degenerativas, tem contribuído de forma significativa para o desenvolvimento de pessoas. Um exemplo disso é o surgimento do chamado neurocoaching, prática que alia as técnicas de coaching com o estudo de como o cérebro funciona. Nesse contexto, uma das contribuições mais relevantes da neurociência tem sido evidenciar a influência que o funcionamento do sistema nervoso tem sobre nossas atitudes e como podemos utilizar essas informações para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional.
Assim, o neurocoaching é baseado, principalmente, em dois ramos da neurociência: a cognitiva e a comportamental. Enquanto a neurociência cognitiva estuda os fenômenos de aprendizado, memorização e raciocínio, a comportamental tem por objetivo compreender como as emoções, pensamentos e influências moldam as atitudes do indivíduo e a sua relação consigo mesmo e com as outras pessoas.
O processo de neurocoaching segue o mesmo processo do Coaching convencional, diferindo deste porque as perguntas aplicadas são feitas de acordo com os princípios da neurociência.
O objetivo de um processo de coaching não é buscar o controle e a cura por processos inconscientes do passado, como na terapia psicológica. No caso do neurocoaching, é feito um estímulo que gera insights e lembranças para despertar as informações armazenadas no inconsciente, mas com o objetivo de usá-las para impulsionar as atitudes certas do coachee em relação aos seus objetivos pessoais ou profissionais.
Ou seja, a psicologia usa técnicas de neurociência para trabalhar com o inconsciente focando na tradução do passado. O neurocoaching trabalha o inconsciente (além do consciente) para ajudar o coachee a mudar o seu estado atual e atingir um estado desejado no futuro, que pode ser bem próximo ou a longo prazo.
Quer uma dica interessante para começar a usar a neurociência para a sua gestão de carreira? Experimente o conceito de neuroplasticidade, que mostra que todo mundo pode se modificar, para romper com aquelas atitudes da síndrome de Gabriela. A excelência naquilo que fazemos só vem com a repetição do comportamento.
Fonte: https://exame.abril.com.br/ciencia/6-achados-da-neurociencia-que-sao-uteis-para-a-carreira/