Inclusão produtiva: como ir além da cota? 

Conheça práticas que podem melhorar a jornada dos colaboradores e ajudar equipes diversas a prosperarem. 

Embora muitas organizações já adotem programas para impulsionar a diversidade e inclusão como fatores estratégicos para inovação, mitigar os riscos de discriminação e promover a equidade, a ausência de um ambiente de confiança, um dos pilares da inclusão produtiva, ainda contribui de uma forma significativa para que os colaboradores se sintam desestimulados a compartilharem experiências e estejam engajados nessa jornada.

Com a ausência desse ambiente de confiança, a segurança psicológica, ou seja, a crença de que os colaboradores podem assumir riscos e se colocarem em uma situação de vulnerabilidade, fica comprometida e a inclusão continua sendo encarada apenas como o cumprimento de uma questão legal.

Então, como “virar essa chave”?

A importância da pessoa aliada

Pesquisas mostram que organizações que conseguiram avançar e implementar ações estratégicas, reais e sustentáveis de inclusão, criaram e capacitaram uma rede de colaboradores para combater micro agressões e construírem práticas de apoio à diversidade e inclusão. 

O desenvolvimento de competências da rede prepara as pessoas aliadas a se envolverem em conversas estruturadas e para embarcarem em uma jornada de minimização de vieses inconscientes e de mitigação de riscos de discriminação. Consequentemente, os colaboradores atuarão em um contexto com segurança psicológica e níveis mais altos de inclusão, especialmente aqueles que fazem parte de grupos minorizados.

À medida que ampliam seus repertórios, as pessoas aliadas também conseguem conduzir encontros entre colaboradores, moldando o que é socialmente aceito. Algumas práticas-chave podem acelerar esse processo de transformação e a melhoria da jornada do colaborador:

1. Aliança: Apoiar e aprender com o repertório das outras pessoas.

2. Respeito mútuo: Demonstrar preocupação genuína com o bem-estar de cada um e um compromisso de tratar uns aos outros de forma justa e respeitosa.

3. Integração de ideias: Estar aberto e receptivo às ideias e opiniões dos outros, mesmo que sejam diferentes das suas.

4. Apoio de colegas: Ajudar uns aos outros e inspirar confiança na capacidade de cada um de atingir as metas de trabalho.

Somado a isso, a realização de uma pesquisa para mapear as necessidades e percepções dos colaboradores contribui para maiores índices de satisfação e um maior sentimento de permanência na organização.

O papel dos gestores 

Um papel crítico dos líderes é garantir que todas as pessoas da equipe tenham acesso às mesmas oportunidades de desenvolvimento e crescimento na carreira. Isso é particularmente importante para grupos minorizados, visto que a inclusão produtiva, ainda está distante da realidade de muitas organizações. Para isso, os gestores podem utilizar três práticas para impulsionar o desenvolvimento dos seus times:

5. Mentoria: Apoiar o desenvolvimento e o crescimento da carreira dos colaboradores

6. Patrocínio: Patrocinar as carreiras dos colaboradores e se comportar como seus defensores na organização.

7. Advocacia: Demonstrar preocupação genuína com o bem-estar dos funcionários e atender às suas necessidades específicas.

Para transformar esse contexto, a segurança psicológica para que as pessoas possam comunicar e desenvolver seus pontos de melhoria, contribuir e questionar o status quo é fundamental.

Inclusão produtiva e o impacto nos resultados de negócio

Essas práticas contribuem de forma significativa para promover a inclusão produtiva, ou seja, contratar, avaliar, desenvolver e remunerar os profissionais pelo seu perfil e não pela sua deficiência ou qualquer outro marcador social. Assim, os funcionários se sentem incluídos, são mais propensos a se engajarem no trabalho e menos propensos a sair.

Em suma, não há mais espaço para as empresas ignorarem a importância da inclusão na gestão de talentos e as organizações que decifram o código para promover a inclusão produtiva podem alcançar resultados mais consistentes em um ritmo muito mais rápido.

Se a empresa não possuir as competências necessárias instaladas para impulsionar a inclusão produtiva, indo além da cota, o Instituto AB está preparado para se tornar um parceiro estratégico e apoiar nessa jornada.

Publicado por por Amanda Brito

Administradora e Especialista em Gestão Empresarial e em Educação, atua há mais de dez anos conduzindo processos de Gestão Estratégica de Pessoas, Gestão de Carreira e Desenvolvimento Humano, além de já ter coordenado grupos de trabalho sobre Equidade em ambientes corporativos. Apaixonada por transformação de pessoas, possui formação em Coaching Executivo e Life Coaching, em curso credenciado pelo ICF, e em Practitioner em PNL. Também ministra palestras e tem experiência facilitando processos em Grupos. Baiana radicada no Rio, e viajante nas horas vagas, seus pés não sabem andar nem ficar quietos.

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