Se o Dia do Trabalhador é um momento de conscientização sobre a importância da garantia de direitos, também é mais do que oportuno avaliar os desafios diários que o trabalhador com deficiência enfrenta e o quanto ainda estamos distantes de promover a verdadeira inclusão produtiva de profissionais com deficiência, como as estatísticas evidenciam.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, 7 em cada 10 pessoas com deficiência estão fora do mercado de trabalho. Somado a isso, o salário médio da população com algum tipo de deficiência é R$ 1.000,00 menor.
Mesmo após mais de 30 anos da Lei 8213/91, conhecida como “Lei de cotas”, ainda estamos longe de discutir os motivos pelos quais as pessoas com deficiência, no geral, não ocupam cargos de liderança e posições estratégicas nas organizações, e ainda direcionamos nossos esforços para defender o porquê contratar pessoas com deficiência.
As principais razões para esse cenário são as inúmeras barreiras que dificultam o acesso e permanência das pessoas com deficiência ao mercado de trabalho.
O resultado disso é a taxa de participação dessa população no mercado de apenas 28,3% no ano da pesquisa, menor do que a de pessoas sem deficiência, de 66,3%. A discriminação também é medida pela diferença salarial, que chega a 40%.
Essa realidade afeta, ou poderá afetar, as 17,2 milhões de pessoas com deficiência identificadas no Brasil pela PNS 2019, o que representa 8,4% da população. Entre elas, são consideradas:
- 3,4% ou 6,978 milhões com deficiência visual;
- 1,1% ou 2,3 milhões com deficiência auditiva;
- 1,2% ou 2,5 milhões com deficiência mental;
- 3,8% ou 7,8 milhões com deficiência física nos membros inferiores;
- 2,7% ou 5,5 milhões com deficiência física nos membros superiores.
A organização que não está preparada para incluir produtivamente essa parcela significativa da população sofre impactos que vão além de uma perspectiva exclusivamente social ou legal, mas de reputação da marca, perda de market share e dificuldades na criação de um ambiente propício à inovação a partir do exercício da liderança inclusiva. Inclusão não é apenas a coisa certa a se fazer, ela traz resultados.
Quer saber mais como desenvolver como promover a inclusão produtiva de profissionais com deficiência? Escreve para gente no contato@institutoab.com !