Diálogos e o poder das perguntas

Quando falamos sobre a qualidade da nossa comunicação, alguns questionamentos podem nos inquietar com certa frequência. Será que as palavras estão nos bloqueando? Será que elas estão sendo compreendidas ou apenas estamos reagindo como o piloto automático?

Refletir sobre as questões acima pode influenciar em nossa percepção do mundo exterior e contribuir para a obtenção de informações de alta qualidade. Considerando que a linguagem nada mais é do que uma representação simbólica de uma experiência subjetiva mais profunda e complexa, podemos classificá-la como a estrutura superficial da comunicação. Já as informações retidas nos “filtros mentais” representam a estrutura profunda.

Tais filtros podem ter maior ou menor influência sobre a nossa comunicação, a depender do quanto utilizamos o poder das perguntas a nosso favor. Afinal, a qualidade das indagações definem a qualidade das respostas. As perguntas, além de direcionar imediatamente nosso foco de concentração, recuperam as informações valiosas e a sabedoria interior que temos escondidas na mente. Alguns questionamentos “gelatinizam” certezas absolutas e podem ser usadas para buscar informações de qualidade: “quem, especificamente?”; “como, especificamente?”; “como você sabe?”; “é certo/errado para quem e em que situação?”; “quando você faz X, isso também significa Y?”

Outro bom exercício para identificar esse poder é fazer perguntas que solucionam, em situações aparentemente complicadas, tais como: “o que este problema tem de bom?”; “O que eu realmente quero aqui?”; “O que ainda é impossível fazer, mas que se fosse feito, mudaria significativamente a situação?”; “O que eu estou realmente disposto a fazer para obter o que eu quero?”; “O que estou disposto a deixar de fazer para obter o quero?”; “Como posso desfrutar esse processo enquanto faço o que for necessário para obter o que eu quero?”. Note que é preciso coragem e disciplina para respondê-las de forma positiva, sobretudo porque temos a tendência de nos comunicar através de certas limitações e deformações de linguagem. Há pessoas que conseguem viver por anos dentro de alucinações que elas próprias construíram. Então, esse simples exercício com perguntas poderosas, nos desafia a criar pensamentos mais insistentes, identificando qual o erro de linguagem de nosso diálogo interno e construindo novas respostas, mais adequadas ao nosso processo de desenvolvimento pessoal.

Se você não gosta das repostas que tem recebido até hoje, faça novas perguntas.

Publicado por por Amanda Brito

Administradora e Especialista em Gestão Empresarial e em Educação, atua há mais de dez anos conduzindo processos de Gestão Estratégica de Pessoas, Gestão de Carreira e Desenvolvimento Humano, além de já ter coordenado grupos de trabalho sobre Equidade em ambientes corporativos. Apaixonada por transformação de pessoas, possui formação em Coaching Executivo e Life Coaching, em curso credenciado pelo ICF, e em Practitioner em PNL. Também ministra palestras e tem experiência facilitando processos em Grupos. Baiana radicada no Rio, e viajante nas horas vagas, seus pés não sabem andar nem ficar quietos.

Deixe um comentário