Quando falamos sobre a qualidade da nossa comunicação, alguns questionamentos podem nos inquietar com certa frequência. Será que as palavras estão nos bloqueando? Será que elas estão sendo compreendidas ou apenas estamos reagindo como o piloto automático?
Refletir sobre as questões acima pode influenciar em nossa percepção do mundo exterior e contribuir para a obtenção de informações de alta qualidade. Considerando que a linguagem nada mais é do que uma representação simbólica de uma experiência subjetiva mais profunda e complexa, podemos classificá-la como a estrutura superficial da comunicação. Já as informações retidas nos “filtros mentais” representam a estrutura profunda.
Tais filtros podem ter maior ou menor influência sobre a nossa comunicação, a depender do quanto utilizamos o poder das perguntas a nosso favor. Afinal, a qualidade das indagações definem a qualidade das respostas. As perguntas, além de direcionar imediatamente nosso foco de concentração, recuperam as informações valiosas e a sabedoria interior que temos escondidas na mente. Alguns questionamentos “gelatinizam” certezas absolutas e podem ser usadas para buscar informações de qualidade: “quem, especificamente?”; “como, especificamente?”; “como você sabe?”; “é certo/errado para quem e em que situação?”; “quando você faz X, isso também significa Y?”
Outro bom exercício para identificar esse poder é fazer perguntas que solucionam, em situações aparentemente complicadas, tais como: “o que este problema tem de bom?”; “O que eu realmente quero aqui?”; “O que ainda é impossível fazer, mas que se fosse feito, mudaria significativamente a situação?”; “O que eu estou realmente disposto a fazer para obter o que eu quero?”; “O que estou disposto a deixar de fazer para obter o quero?”; “Como posso desfrutar esse processo enquanto faço o que for necessário para obter o que eu quero?”. Note que é preciso coragem e disciplina para respondê-las de forma positiva, sobretudo porque temos a tendência de nos comunicar através de certas limitações e deformações de linguagem. Há pessoas que conseguem viver por anos dentro de alucinações que elas próprias construíram. Então, esse simples exercício com perguntas poderosas, nos desafia a criar pensamentos mais insistentes, identificando qual o erro de linguagem de nosso diálogo interno e construindo novas respostas, mais adequadas ao nosso processo de desenvolvimento pessoal.
Se você não gosta das repostas que tem recebido até hoje, faça novas perguntas.